Honda CG 160 x Yamaha Fazer 150: Qual vale mais a pena por R$ 18 mil?

A moto mais vendida do mercado é mais potente e barata, mas Fazer é mais econômica
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03.05.2024 às 20:04
A moto mais vendida do mercado é mais potente e barata, mas Fazer é mais econômica

A Honda CG, incluindo todas as suas versões, é costumeiramente o veículo sobre rodas mais vendido do Brasil, ano após ano. Só no primeiro trimestre de 2024 foram vendidas mais de 102 mil unidades dela. Contudo, mesmo sendo uma opção óbvia como primeira moto para o dia a dia, será que ela é a melhor escolha frente à sua rival Fazer da Yamaha?

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A Fazer não é a moto de entrada da marca japonesa (este posto é ocupado pela Factor). Até o mês de março foram vendidas cerca de 15 mil unidades dela, considerando apenas as versões de 150 cc (há opções com motor de 250 cc). Para este comparativo, escolhemos a versão mais cara da CG, a Titan, por R$ 17.100, contra a equivalente Fazer 150 UBS, com preços que partem de cerca de R$ 18.290 (ambos os valores não contam com frete e despesas extras).

Motorização

O nome completo das duas motos já dá a dica de que o modelo da Honda leva vantagem sobre o da Yamaha no quesito desempenho. Afinal, o motor da CG é um de 162,7 cm³ com potência de 15,1 cv a 8.000 rpm e 1,54 kgfm a 7.000 rpm, quando abastecido com etanol (a gasolina, os números são 14,9 cv e 1,40 kgfm). No caso da Fazer, seu motor de 149 cm³ gera 12,4 cv a 7.500 rpm a etanol e 12,2 cv a gasolina e 1,3 kgfm de torque independentemente do combustível. Ambos os motores são monocilíndricos e refrigerados a ar.

Embora no papel a diferença de potência entre as duas não seja tão grande, na prática é possível perceber um pouco mais de fôlego proveniente da CG. Quando abastecida com gasolina, a média de consumo orbita a casa dos 40 km/l, enquanto a Fazer consegue atingir médias perto dos 45 km/l. O tanque de combustível da CG tem 16,1 litros de capacidade, enquanto o volume na Fazer é de 15,2 litros.

Características

Nestas versões, as duas motos contam com rodas de liga leve com as mesmas medidas de pneus: 80/100 R18 na frente e 100/80 R18 atrás. Ambas também se equivalem no sistema de frenagem. Elas trazem freio a disco na frente (de 240 mm na CG e 245 mm na Fazer) e tambor atrás (130 mm em ambas) e são equipadas com tecnologia de freio combinado, ou seja, parte da frenagem é distribuída automaticamente ao freio dianteiro quando o traseiro é acionado.

As similaridades se mantêm nas suspensões, uma vez que as motos dispõem de garfos telescópicos na frente e duplo amortecimento atrás. Na CG, o curso é de 13,5 cm na frente e 10,6 cm na traseira, enquanto na Fazer as medidas são de 12 cm e 11,2 cm, respectivamente. O assento da Fazer é apenas 0,5 cm mais baixo: são 78,5 cm de altura, ante 79 cm na CG.

 

Isto é, no que diz respeito à dinâmica, as duas motos vão desempenhar de maneira parecida, seja na ciclística, seja no conforto para enfrentar a buraqueira das ruas.

Equipamentos e revisões

Por se tratarem de motos de entrada, ainda que em suas versões mais caras, a lista de tecnologias e equipamentos é bastante enxuta em ambas. De destaque, ao passo que a CG traz um painel totalmente digital, incluindo conta-giros, a Fazer tem conta-giros analógico, porém seu display digital traz indicador de marcha, algo que a CG não tem. As duas têm protetor de corrente.

Na hora das revisões, há uma leve vantagem para Fazer no valor total dos serviços nos primeiros dois anos (24 meses). São R$ 1.080, distribuídos a cada 5.000 km, com exceção da primeira revisão feita aos 1.000 km. A Honda também possui um serviço aos 1.000 km, porém o intervalo das demais revisões é de 6.000 km e o custo total neste período é de R$ 1.130,07.

 

Por esta comparação, a CG está bem posicionada diante da sua principal rival, uma vez que traz um motor mais competente e suas desvantagens não são tão grandes frente às virtudes da Fazer. O preço sugerido mais baixo e o intervalo maior das revisões podem compensar o cenário em favor da moto da Honda.

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