Van elétrica chinesa tem DNA Mercedes e grade à la BMW a preço de Jeep

BYD Denza D9 que custa o equivalente a um Commander na versão elétrica, mas chama atenção mesmo pela grande gigantesca e o alcance de 620 km
HG
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02.09.2022 às 21:00 • Atualizado em 29.05.2024
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BYD Denza D9 que custa o equivalente a um Commander na versão elétrica, mas chama atenção mesmo pela grande gigantesca e o alcance de 620 km

 O leitor deste espaço, que anda assustado com o visual dos microEVs chineses, não tem motivos para se preocupar desta vez. 

É que, para além dos desajeitados KiWi EV e BAW Yuanbao, que já mostramos em detalhes aqui, os engenheiros e designers de trás da Grande Muralha sabem, sim, criar automóveis modernos e que esbanjam estilo – nem que este estilo pareça exagerado para muita gente. 

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O BYD Denza D9 é prova disso: uma van portentosa, com sete lugares verdadeiros e acomodações de primeiríssima classe para pelo menos quatro de seus ocupantes, opções apenas com motorizações híbridas – são quatro opções DM-i, plug-in – ou elétrica. 

As versões totalmente elétricas – uma delas conta com tração integral – partem de 389.800 yuanes (o equivalente a R$ 293.000), uma faixa de preço em que, aqui no Brasil, se insere o Jeep Commander equipado com motor turbodiesel (TD380 4x4).

BYD Denza D9 que custa o equivalente a um Commander na versão elétrica, mas chama atenção mesmo pela grande gigantesca e o alcance de 620 km

O Denza D9 EV tem autonomia de até 620 quilômetros (600 km, no modelo com tração integral), de acordo com dados da BYD, e uma potência de recarga de 166 kW. Aqui, a omissão dos tempos para recarga completa do pacote de baterias nos faz crer que, mesmo com o modo rápido, o recarregamento leve umas boas horas. 

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De qualquer forma, a promessa é energia para percorrer 150 km adicionais, em apenas 10 minutos, e de até 80% de recarga em 30 min – pessoalmente, não acredito nisso. Suas baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) têm capacidade de 103 kWh.

BYD Denza D9 que custa o equivalente a um Commander na versão elétrica, mas chama atenção mesmo pela grande gigantesca e o alcance de 620 km

Curiosamente, o fabricante não divulgou nem as potências de nenhum dos trens de força, nem mesmo do híbrido plug-in, que combina um motor turboalimentado de quatro cilindros (1.5 16V) a uma unidade elétrica. 

As versões DM-i prometem 190 km de autonomia, só no modo elétrico, e um consumo médio de 16,1 km/l – nada mau para uma van com 5,25 metros de comprimento, 1,96 m de largura e 1,92 m de largura. 

Mesmo sendo 89 cm maior e infinitamente mais avançado que um Chevrolet Spin, o Denza D9 custa “só” o dobro do preço do modelo nacional de sete lugares e, isso, em sua versão elétrica!

Por dentro, o lançamento da BYD traz nada menos que sete telas, com destaque para o visor de 10,2 polegadas (onde são exibidas informações dos instrumentos) à frente do motorista e para o de 15,6 pol, no console frontal – há ainda um ‘head-up display’ e dois visores embutidos nos encostos de cabeça do condutor e do passageiro dianteiro, além de outros dois nos apoios de braços da segunda fileira de bancos.

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Por falar na segunda fileira de bancos, seus assentos têm nada menos que dez vias para regulagem elétrica, apoio para os pés e carregadores sem fio para smartphones. O fabricante ainda garante que ocupantes com até 1,80 m de altura não passam aperto, nem na terceira fileira, e que ainda sobra espaço no bagageiro para sete malas de mão – será?!?

O sistema One ID é capaz de reconhecer o motorista, memorizando seus ajustes personalizados, a abertura das portas traseiras é remota e as forrações são em couro ecológico (napa), mas o acabamento traz apliques de madeira – a BYD assegura que não é plástico imitando madeira, não, mas eu não apostaria meu dinheiro nisso.

Para os figurões que viajam nos dois assentos individuais da segunda fileira, existem câmeras de 8 MegaPixel para videochamadas e teleconferências. Ao todo, o Denza D9 conta com nove airbags e, para o condutor, oferece recursos autônomos do Nível 2+ na escala SAE.

BYD Denza D9 que custa o equivalente a um Commander na versão elétrica, mas chama atenção mesmo pela grande gigantesca e o alcance de 620 km

O maior atributo do lançamento, no entanto, está naquilo que o leitor não enxerga: o modelo é fruto de uma joint venture com a Mercedes-Benz e, mesmo que os alemães tenham reduzido sua participação no negócio de 50% para 10% no início deste ano, sua “e-platform 3.0” deve ser usada como base pela próxima geração do EQV, uma van elétrica que chegaria para o lugar da Sprinter. 

Portanto, mais do que visual moderno, o Denza D9 é um automóvel que esbanja conteúdo, tecnologia e comprova a rápida qualificação da indústria automotiva chinesa que, enquanto o Brasil dorme em berço esplêndido, avança para se consolidar como referência global de eletromobilidade.

 Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.  

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