Hyundai Santa Cruz não virá ao Brasil e a sorte é toda da Fiat Toro

Picape intermediária da marca sulcoreana não será importada para o Brasil
Renan Bandeira
Por
11.03.2024 às 21:17 • Atualizado em 29.05.2024
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Picape intermediária da marca sulcoreana não será importada para o Brasil

A Hyundai anunciou na última semana quais serão os carros que vai importar ao Brasil. Mobiauto esteve no evento e mostrou Santa Fe, Tucson, Palisade, novo Kona elétrico, HR (caminhão pequeno) e Ioniq 5, além de contar em primeira mão sobre a aparição do Elantra N, que estava escondido e será mostrado para concessionários primeiro.

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No entanto, um nome muito esperado nos últimos anos, sequer foi mencionado: Hyundai Santa Cruz. A picape intermediária da fabricante sulcoreana não está nos planos da marca para chegar ao Brasil, nem agora nem mais tarde. Seu volume baixo de vendas é que faz a montadora descartar o produto para o nosso mercado.

A Hyundai Santa Cruz seria rival de Fiat Toro, Ford Maverick e Ram Rampage, e deveria chegar ao nosso mercado com preço acima dos R$ 200 mil – como é o caso da rival que usa o logo oval azul. Com o modelo da Fiat já consolidado, a novata teria basicamente o mesmo volume de vendas que a Maverick tem atualmente, com pouco mais de 100 unidades emplacadas no mês.

Tal volume faz a Hyundai achar inviável a chegada do produto, e isso foi confirmado pelos próprios executivos da marca aos jornalistas na última semana.

Fiat ri à toa com isso

A decisão da Hyundai em não trazer a Santa Cruz ao Brasil deixa a Fiat Toro tranquila na liderança do segmento, onde conseguiu mais de 50 mil vendas no ano passado. O modelo que foi lançado em 2016 e democratizou esse novo segmento, tem a liderança intacta desde então. Nem mesmo Renault Oroch ou as chegadas de Chevrolet Montana, Rampage e Maverick dificultaram a vida da picape da Fiat.

E a Santa Cruz seria uma rival à altura, mesmo que custasse um pouco mais caro. Seu visual é inspirado no novo Tucson vendido no mercado americano, o que a deixa com uma cara mais robusta. A grade frontal é grande e o farol se confunde com a peça, tendo iluminação de LED.

Os demais detalhes da carroceria tentam manter as linhas robustas, por isso vemos tantos vincos nas laterais. Traseira tem lanternas horizontais e assinatura “Santa Cruz” em baixo relevo no pé da tampa da caçamba.

Por dentro, o acabamento é bem mais interessante que o da Toro. É parecido com o que temos aqui nos Creta, tanto que volante, manopla de câmbio e até mesmo o console central tem basicamente o mesmo visual. Muda que a tela da multimídia é maior (tem opção de 8 e 10,25 polegadas), o painel de instrumentos é digital (10,25 polegadas), console central e volante têm acabamento em preto brilhante.

Embaixo do capô, a picape oferece um 2.5 aspirado com injeção direta de combustível, que rende 191 cavalos de potência, e uma versão turbinada de 278 cavalos. Para a primeira opção, temos um câmbio automático convencional com oito marchas, e a segunda uma caixa de dupla embreagem e tração integral. É bem mais que a Toro entrega, com até 185 cv.

As medidas são parecidas com as da picape da Fiat. São 4,97 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,69 m de altura e 3 metros. Já a Toro mede 4,94 m, 1,84 m, 1,68 m e 2,99 m, respectivamente.

Embora a Santa Cruz tenha sido descartada, a Hyundai não desistiu de ter uma picape. O modelo usará base do Creta, como Mobiauto já contou em detalhes neste outro artigo, para ser um modelo compacto rival de Montana, Toro e nova Tarok.

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