Fiat Pulse Turbo tem campanha para corrigir falha na bomba de óleo

Versões com motor turbo apresentam comportamento similar a modelos com o 1.3 turbo. Concessionárias começam a chamar clientes para realizar o reparo
Camila Torres
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06.10.2022 às 14:43 • Atualizado em 29.05.2024
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Versões com motor turbo apresentam comportamento similar a modelos com o 1.3 turbo. Concessionárias começam a chamar clientes para realizar o reparo

Proprietários do Fiat Pulse Impetus Turbo 200 começaram a relatar, em grupos de WhatsApp e Facebook, que estão sendo contatados por concessionárias Fiat para realizar a verificação e possível reparo da bomba de óleo, bem como uea atualização de software. 

Vendedores têm entrado em contato com os proprietários diretamente, sem que nenhum recall oficial tenha sido divulgado no site da marca. Também não foi informado o número de unidades envolvidas.

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Vale lembrar que a prática é permitida e praticada quando não se considera que haja risco à segurança física de ocupantes do veículo ou terceiros.

Por isso, vendedores da marca nesses mesmos grupos têm reiterado que se trata apenas de uma verificação que deveria ter sido realizada antes da entrega do carro para esses clientrs, mas que, por algum motivo, não foi feita. 

Porém, outros lojistas têm enviado mensagens afirmando que se trata de um chamado apenas para as versões com o motor 1.0 turbo, e que o serviço demora cerca de duas horas para ser realizado.

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Versões com motor turbo apresentam comportamento similar a modelos com o 1.3 turbo. Concessionárias começam a chamar clientes para realizar o reparo

A falta de informações oficiais tem gerado preocupação em alguns proprietários do Pulse Turbo 200 que não foram contactados ainda. Alguns não quiseram esperar e entraram em contato com a concessionária para conferir se o seu Pulse estaria nessa lista de verificação. 

Alguns informaram que o atendente verificou o número de chassi, mas que não constava na lista das unidades que poderiam apresentar algum problema. No Facebook, um dono reclama do posicionamento da Fiat: “O duro de não ser oficial é que não dá para saber o quais são os modelos [unidades] e número do chassi”. 

Outro relata que precisou entrar em contato diversas vezes com diferentes concessionárias para conseguir realizar o serviço: “Eu já fiz esse serviço e recomendei aqui [Facebook] que vocês exigissem na concessionaria. O consultor havia me dito que não existia isso, depois de contactar “deus e o mundo” o gerente me ligou para fazer essa verificação”, explicou. 

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Um outro cliente relatou que a bomba de óleo do seu Pulse apresentou problema e a luz de injeção acendeu quando o carro tinha apenas 234 km rodados, e que chegou a fazer o reparo na concessionária: “Aparentemente foi corrigido. Já estou com 1.700 km e o carro normal”.  A Mobiauto entrou em contato com a Fiat que afirmou que o comunicado não se trata mesmo de um recall. Confira abaixo o posicionamento da fabricante na íntegra: 

“A ação mencionada não trata de campanha de recall. No caso relacionado às bombas de óleo dos motores turbo do Fiat Pulse, a análise e substituição quando necessária do item está relacionada exclusivamente a uma questão de qualidade e não gera diminuição da vida útil do motor ou risco à saúde ou segurança dos proprietários e/ou terceiros. 

Segundo a legislação, um recall deve ser feito pelo fornecedor quando há risco à saúde ou segurança dos consumidores. Portanto, a ação constitui o compromisso da Stellantis em assegurar a contínua melhoria da qualidade de seus produtos e a satisfação dos seus consumidores.”

Afinal, é recall ou não?

Antes de qualquer coisa, é preciso esclarecer que a legislação não exige que seja convocado um recall para qualquer reparo de um carro por uma falha ou defeito em série. A Portaria do Ministério da Justiça nº 487/2012 exige que o aviso de recall se faz necessário em casos que o problema represente algum risco à vida ou segurança de ocupantes do veículo e/ou terceiros:

“O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da nocividade ou periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente” informa o artigo 2º. 

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Sendo assim, a fabricante deve informar a necessidade do recall ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor DPDC, os órgãos estaduais, do Distrito Federal e municipais de defesa do consumidor – PROCON e o órgão normativo ou regulador competente.

No caso da bomba de óleo do Pulse, a falha pode não gerar riscos físicos, mas pode comprometer o funcionamento e a vida útil não só do componente em questão, como também do motor.

Problema na bomba de óleo Fiat e Jeep 

Versões com motor turbo apresentam comportamento similar a modelos com o 1.3 turbo. Concessionárias começam a chamar clientes para realizar o reparo

No caso dos Jeep Renegade, Compass e Commander, bem como a Fiat Toro com motor 1.3 turbo, da mesma família GSE do Turbo 200 do Pulse, a Stellantis correu para rapidamente chamar proprietários e tentar sanar o problema também através de um chamado direto a clientes sem oficialização de recall.

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Meses atrás, o grupo Stellantis enviou um comunicado às concessionárias da rede informando o problema de algumas bombas de óleo em veículos produzidos entre janeiro e abril deste ano. No aviso, o grupo recomenda que a peça seja substituída quando comprovado o defeito.

A Stellantis não deu mais detalhes sobre o problema, alertando apenas que a luz-espia de avaria do motor no quadro de instrumentos é dos indícios de que algo está errado, e que o usuário deve procurar uma concessionária imediatamente caso ela acenda.

No comunicado às redes, ela também garantiu que a avaria não encurta a vida do motor, mas que pode gerar um desgaste fora do padrão. A estimativa é que, no Pulse, 2% das bombas de modelos da Fiat sejam substituídas.

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