Citroën registra ëC4 X no Brasil, SUV cupê elétrico maior que Fiat Fastback

A união de PSA e FCA deu origem a Stellantis e, a partir disso, o conglomerado iniciou uma série de mudanças de reposicionamento de marcas em sua prateleira. A mais perceptível delas foi a Citroën deixando de ser uma fabricante de modelos mais bem acabados para ser uma fabricante de carros de entrada – como exemplos, temos o hatch altinho C3 e seu irmão C3 Aircross, SUV de 7 lugares que será lançado nesta semana. 

Entretanto, o registro de patente do ëC4 X, nesta terça-feira (25), surpreendeu. Claro que não há informações sobre a possível chegada do modelo em nosso mercado, mas com o projeto homologado no Brasil é menos uma “canetada” para que ele realmente apareça nas concessionárias. 

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A versão que apareceu no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) indica que estamos diante da configuração elétrica pelo jogo de rodas, que é exclusivo da opção zero-emissão. De resto, toda a carroceria é igual a que vemos no modelo a combustão. No caso do C4 X elétrico, temos na lataria o badge “e”, nomenclatura usada para diferenciar os elétricos, mas esse tipo de item não aparece no desenho industrial. 

Ele é a cara do C3 

Assim como a nova família C3 que será complementada em breve no Brasil, o C4 segue o mesmo padrão de design. Por isso vemos na dianteira o conjunto óptico dividido em duas partes, com luzes de condução diurnas na linha limite do capô e as caixas dos faróis mais abaixo, posicionadas no para-choque. 

A traseira inspirou o nosso C3 Aircross com as lanternas com desenho de “C”. Essa é a parte que mais se destaca no SUV, justamente por causa da sua queda acentuada estilo cupê da terceira coluna de sustentação da carroceria. Sim, o estilo dele é o mesmo do Fiat Fastback e do VW Nivus. 

A diferença, claro, está nas dimensões, já que o ë-C4 X é maior. São 4,60 cm de comprimento; 1,52 cm de altura; 1,80 cm de largura; e 2,67 cm de entre-eixos. O Fastback tem, respectivamente 4,43 cm (-17 cm); 1,54 cm (+2 cm); 1,77 cm (-3 cm); e 2,53 cm (-14 cm), respectivamente. 

Por dentro, volante e cluster são bem do jeito que conhecemos. O primeiro segue no meio do caminho entre o formato redondo e quadrado e é todo funcional. O segundo é pequeno, embora seja maior do que os que vemos nos veículos da marca vendidos atualmente no Brasil, e tem tela colorida. 

Mas o grande destaque é central multimídia de 19 polegadas e flutuante, posicionada no estilo Peugeot e arqueada para melhor visualização do motorista. Já que falamos da marca do leão, todo o console central lembra bastante os estilos de 208 e 3008. 

Motorização  

O motor elétrico rende 136 cv de potência e 26,5 kgfm de torque. A bateria de 50 kWh garante 360 km de autonomia em ciclo WLTP. 

De acordo com a Citroën, uma recarga de 10 minutos, em carregador rápido de 100 kW em corrente contínua, disponibiliza 100 km para rodagem. Vale lembrar ainda que, pelo menos em Portugal, o conjunto de bateria tem garantia de oito anos ou 170.000 km. 

Nesse mesmo país, o modelo é vendido em quatro versões com preços que variam entre 39.485 euros e 43.485 euros – na conversão direta, temos algo entre R$ 220 mil e 243 mil. Como referência, um Peugeot e-2008 GT, que temos aqui por R$ 25.990 mil, é comercializado por lá a 28.890 euros. Dessa forma, se viesse ao Brasil, poderíamos considerar cifras próximas de R$ 300 mil.